10/06/2008

Enche a boca dágua, enche

Essa era a recomendação de mami quando a gente falava besteira lá em casa. Pois bem, dia desses me deu uma vontade de repetir - em caixa alta, vejam bem - essa máxima de mami pra um doutorzinho de um laboratório de análises que fazia uma ultrassom transvaginal nesta que vos escreve. Não bastasse aquele estranho ali me cutucando, e comentando sobre minhas, literalmente, intimidades, ainda tive que ouvir algumas pérolas desnecessárias. Fosse eu, Deus, por 30 segundinhos, decretaria que para fazer exames tão íntimos, o sujeito tinha que nascer sem língua ou arrancá-la fora.

Estou eu lá, deitada e tensa. O sujeito com aquele trocinho gelado pra lá e pra cá, puxando papo pra eu relaxar e tals: oh, tá lindo seu ovário direito e blá blá blá blá... Eu, sinceramente, não vejo qualquer atributo de beleza em um ovário, seja ele direito ou esquerdo, mas, sendo este um conceito subjetivo, deixa ele achar. Afinal, há gosto para tudo nesse mundo.

_ E o esquerdo, cadê o danadinho do esqueeerdo?
_ Não tá aí não? Da última vez ele estava...

Pois não estava. Segundo o doutor falastrão, 'havia uma massa compacta' - leia-se cocô - impedindo a visão do fujão. Didático como uma professorinha de jardim de infância, ele pára o que tá fazendo e começa a explicar...é nessa hora que ele podia ter enchido a boca dágua pra não falar besteira.

_ ... é a mesma coisa da gente tirar uma foto de um baixinho que está atrás de um grandão.

... pausa e silêncio.

_ Como assim, G-R-A-N-D-Ã-O? Tem grandão nenhum aí não. (onde estava minha água?!!!)
_ Grandão sim, senhorita... Actívia, já!

Pode?

2 comentários:

Anónimo disse...

hehehehe essa do grandão foi demais.....kkkkkkkk

cks disse...

alajsajkhskjahskahja... que horror.
mas, que médico mais sem noção, hein?