22/01/2010

deixa lá, deixa

Tem vezes que sinto saudades daquele tempo em que toda noite, pontualmente às sete a gente se encontrava em frente da igreja: eu, lucy liu e alysson. Não era pra falar nada importante. Era só pra se ver e o tempo de tá junto era tão bom que não havia atrasos quase nunca. E quando havia, os minutos pareciam infinitos na espera. Era uma época em que sonhávamos ser sócios de uma padaria com sotaque alemão, mesmo sabendo que isso nunca iria acontecer.

Nem sei se era um tempo feliz, mas sei que era inocente e que me dá saudades de vez em quando.
Mas só de vez em quando.
Como agora, por exemplo.

Mind the gap


A calmaria de chegar em casa é quase tão bonita quanto a vista da varandita do apê novo. Casa grande com espaço até para uma criança - ou duas, quem sabe...Por hora é plano. Mas tudo começa assim. Igual foi com o apartamento maior em um lugar tranquilo e com árvores por perto. Nem demorou tanto e o apê já é realidade dentre as tantas dos últimos meses, onde a manchete fica com a volta para a cidade maravilhosa (volta que foi muito boa, justamente por ter tido a ida).

"Home sweet home" e a velha discussão sobre a medida exata dos quadros na parede com direito a trena e, de complemento, um nível que veio junto com a caixa de ferramentas. Sim, porque não basta estar centralizado, precisa também estar reto.

_ precisa nada!

O bonito é o movimento da imperfeição. Assim, mais puxado pra direita (ou esquerda), sem monotonia, sem medida - a não ser a do olho que brilha quando atinge o lugar certo, mesmo que torto. Precisa mesmo tudo ser nota 100?

_ 9,72 me parece tão mais poético.