A televisão era de 14', mas pesava mais do que ela podia aguentar. Mesmo assim, não se fez de rogada e num ímpeto de macheza há muito adormecida, ela bradou "deixa que eu mesma resolvo". Resolveu.
Foi assim também com a máquina fotográfica levada ao conserto semana passada. Ligou, achou caro, buscou e decidiu que não pagaria o conserto. Resolveu de novo.
Não tem jeito. Ela resolve mesmo. Nem era para ser assim, mas sempre foi. Nunca teve medo de tomar a frente e decidir. Nunca deixou de se cansar por isso - às vezes até mais do que deveria, como hoje, ao carregar a TV mais pesada do que ela podia carregar junto com a bolsa e a mochila da academia.
Tá cansada agora e decidida agora a deixar os outros resolverem por ela agora.
_ Ao menos agora
As idéias vivem se batendo aqui dentro...quando alguma acha a saída, pula direto pras páginas do meu Caderno Amarelo. São donas de si, não se deixam editar, têm vida própria... quando vejo, lá estão as danadas dançando entre as linhas, rindo de mim.
30/06/2010
23/06/2010
Próxima estação Presidente Vargas
Olha o drama. Eu bem sentada na minha poltrona do metrô indo ao trabalho, fone no ouvido, minha Women's Health na mão. Concentradíssima. Mas alguma coisa parecia não estar andando bem porque eu sentia olhares me queimando. Pronto, desconcentrei.
Do meu lado um velhinho - em pé. Na frente uma grávida - em pé. Ali do lado uma cega com bengala e tudo - em pé. Sei lá que horas eles subiram, mas pareciam todos quererem o meu tão verdinho assento.
_ E agora? Dou a cadeira a quem? Dou a cadeira a quem? Dou a cadeira a quem?
Eu não poderia ser injusta. O velhinho magrelo parecia cansado demais. A grávida barriguda pesada demais. E a cega, bem... era cega demais. Dar o assento a um era ser plenamente injusta com o outro.
Bem. Esperei pacientemente sentada enquanto decidia, mas não deu tempo. A moça da gravação já falava "...Presidente Vargas, saída pelo lado direito". Desci e fiquei olhando quem seria o mais rápido.
Bem, o velhinho, que não era tão cansado assim, foi o primeiro a sentar.
Do meu lado um velhinho - em pé. Na frente uma grávida - em pé. Ali do lado uma cega com bengala e tudo - em pé. Sei lá que horas eles subiram, mas pareciam todos quererem o meu tão verdinho assento.
_ E agora? Dou a cadeira a quem? Dou a cadeira a quem? Dou a cadeira a quem?
Eu não poderia ser injusta. O velhinho magrelo parecia cansado demais. A grávida barriguda pesada demais. E a cega, bem... era cega demais. Dar o assento a um era ser plenamente injusta com o outro.
Bem. Esperei pacientemente sentada enquanto decidia, mas não deu tempo. A moça da gravação já falava "...Presidente Vargas, saída pelo lado direito". Desci e fiquei olhando quem seria o mais rápido.
Bem, o velhinho, que não era tão cansado assim, foi o primeiro a sentar.
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