Assim, como qualquer pessoa normal que começa a arrumar coisas pra se mudar: fiquei nostálgica e pensando que já já ia passar para a fase "eu hoje joguei tanta coisa fora" - igual naquela música.
Resultado. Joguei.
Monte de papel, livro, revista, recibo, sacola, bolsa, cachepôs, vasos e outras cositas que a pessoa bota numa prateleira da estante do quartinho, sempre pensando que algum dia vai precisar. E olha que nem sou de pensar no futuro e nessas coisas de "um dia precisar".
_ Se um dia precisar, compro outro. (Ãh? Consumista? - Assumida!)
Ah, vá lá. Chorei fazendo isso. Essa onda "mulherzinha" que me invandiu tá é durando. Chorei de saudade mesmo. Saudade antecipada, sei lá.
Uma saudade de todas essas coisas que não têm quatro anos na minha vida. Até porque quando botei o pé direito no carpete junto à porta de entrada do meu apezinho, tudo o que eu trazia era uma mala com roupas, duas sandálias e um edredon - que mami insistiu em me dar caso sentisse frio, mesmo sob protesto de quem se muda lá do Nordeste com a ilusão de que o Rio é sempre 40 graus.
Ir, nunca foi problema pra essa menina que sabe voltar, sem orgulho algum, quando é preciso.
_ Ir, nunca foi tão certo como agora.
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