16/05/2008

Que horas são?

Um pedacinho de papel brinca de desafiar os carros no meio da rua: leve e feliz. Sobe, desce, passeia na altura da janela do 474, faz um looping e se mete entre um carrinho vermelho e outro prata. Fragmentos dessa sexta-feira de manhã, perfeita e sem qualquer plano pronto para o resto de toda a vida.

_ Um dia de cada vez. Num é assim?

E de umdiaoutrodiaemaisoutrodia, se foram três anos nessa maravilha de cidade que causou a revolução de um furacão na cabeça, corpo e coração daquela mocinha corajosa que desembarcou em um certo dia 15 de uma manhã de sol morno. Lá atrás.

A cabeça é outra, mas o cachos pernamecem.
O coração é tranquilo, mas hoje - prometo que só por hoje - bate em disritimia.
O corpo tem o cheiro que não é somente o dela, mas combina tão bem que parece coisa de roteirista de filme da sessão da tarde.

_ São metáforas, baby. Vem cá que eu explico.

E três anos depois, essa menina é uma metáfora bonita, numa letra de música que ela ainda não conhece a melodia.

_ Adorei o presen(ça)te.

2 comentários:

Anónimo disse...

a sua sede me inspira. muita coisa mudou, desde que aportamos por aqui. e lá se vão os anos, mais uns dias...ontem quando passei pelo aterro às 5 da tarde fiquei perguntando se eu já me sentia em casa.
acho que agora, serei eternamente uma sem terra. não consegui agarrar a cidade com vontade e já não sinto jp minha. :) mas sem dúvida, tudo muda, e em vc, as mudanças foram para muito melhor. de colorir a vista!!! :)

Eliza Araújo disse...

ultimamente tenho pensado muito nos meus últimos três anos. a única certeza é que esses foram os mais confusos de todos e que só consegui manter o pé no chão por instinto - capricorniano. que bom que os seus tiveram resultados tão reais e satisfatórios.

*me surpreendi com um link meu aqui e fiquei feliz!

abraços.